sexta-feira, 31 de julho de 2009

O funeral do coelho branco.


“ Seus olhos, como eram belos, eram como flechas que me atravessavam, mas no inicio pouco importavam se me feriam, eu sofria em silencio.

E lentamente eu fui perdendo o direito de viver, de ser livre. Aos poucos você ia ser tornando meu vicio, minha droga. E por ser tão independente, séria, silenciosa você me despertava mais, cada vez mais, despertava meus sentimentos, minha curiosidade e com isso veio minha sentença.

Você se tornava mais feliz, mais sorridente e perdia sua timidez e seriedade, enquanto eu aos poucos ia morrendo, desistindo e sendo destruído por dentro, mas como tudo na vida, isso aconteceu no silencio, um verdadeiro assassinato lento e silencioso.

Dizia pra mim mesmo que não iria mais te ver, não iria sofrer, mas sempre voltava atrás, e isso me levou a medidas que desavisado e sádicos diriam que eram extremas demais ou impensadas. Pra mim, você não mais.

Um dia você aprendera o valor que eu tinha, eu serei seu exemplo, o semblante da derrota.”


Felix 17 anos, 14/11/98

Perfuração no estomago

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