quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012



Ama-me essa noite,
Entre copos vazios e restos de cigarros.
Ama-me  de força selvagem, com força e
Acima de tudo, com paixão.
Ganhe-me com olhares e sensações
Reescreva sabores e posições
Ateie fogo em nossos lençóis.
E mais uma vez vá, mas lembre-se de voltar amanhã!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Cartas pra um amigo.


 - Mas não se demore por lá meu amigo! - disse o garoto com um sorriso sereno mascarando a tristeza que essas palavras carregavam.
  - Não se preocupe meu caro Van, pra onde eu vou o sol sempre brilhara forte e as estrelas se farão presentes. Levo daqui a sua amizade e nossas histórias entre canecas  nas mesas. Que a tristeza da minha partida logo seja substituída pelos sorrisos de novos companheiros! -  Dizia  o homem enquanto olhava os olhos de Van com a ternura paternal e o peso da idade.
 - Estarei esperando o seu retorno, pra que possamos nos sentar a mesa de nossa taverna preferida e você possa me contar como foram suas aventuras no Oeste, traga-me boas novas, conte-me sobre seus novos amores. Não se esqueça de me dizer como é o nascer e o por do sol daquelas bandas, diga que ele vai ser bonito, mas não se compara com os nossos! – disse Van, agora limpando vez ou outra uma lagrima solitária que escorria dos seus olhos.
  - Você sabe meu bom Van, eu não irei voltar. Mas lembre-se que um dia você fara a mesma viagem que estou prestes a fazer, estarei lhe esperando no porto assim que as noticias de sua chegada chegarem com os ventos do norte.  Partilharemos novamente uma mesa de taverna e você me contara sobre seus novos feitos e como foi tudo ante minha ausência, espero que seus dias, semanas, meses e anos sejam amplamente felizes e que sua barba (se é que você vai ter alguma haha) nunca pare de crescer! Mas agora meu bom amigo, eu irei partir. Já estou sem tempo e adiar mais a minha partida só traria mais dores pra esse coração cansado, vou-me daqui sem levar um singelo arrependimento, levo só as boas coisas e os bons momentos, adeus! E que um dia sentaremos a mesa dos grandes salões. –  E então naquele momento, sobre a lama e a chuva o homem partiu. Cavalgou para o Oeste em sua grande e ultima aventura.  Partiu pra nunca mais ser vistos e pra esperar Van no além mar.
A chuva caia. Atrás de algumas colinas o barulho de aço se chocando era baixo.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Boteco em Paris - Bruna


Ah não me acorde agora, estava tão bom.
Mas eu tenho que ir, eu tenho que partir. Ah não, não me deixe ir.
Quero ficar, dividir minha manete com você, assistir aquele filme francês.
Vem deita aqui, não me acorda não. Deixa pra me acordar amanhã.
Pega o brigadeiro na geladeira e vamos assistir aquele filme francês.
Mas não me acorda não, deixa pra amanhã. Deixa como está
E se for pra você ir, vai sem avisar porque eu não quero  estar lá
Não quero ver você me deixar, sei lá, não quero estar lá pra chorar.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

O punhal


Doce era o punhal daquele que atinge
Amargo é a visão daquele que assiste
Avassalador é a dor daquele que sente
Comum é pro desditoso que lamenta
 E ainda sim a plateia aplaude a cena
Quando o herói tomba diante ao seu algoz
E o herói em suas  lamurias finais pensa
“Feliz seria eu, se o punhal partisse da minha mão.”

Rafael Jacob

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Let it go


Parei pra pensar hoje sobre o que seria o amor. É um sentimento tão engraçado né? Eu me sinto indiferente quando penso nele, o que irônico.
  Imagine que você olhe  pra uma outra pessoa, seja numa filha de cinema ou numa sala de aula, e pronto seus pensamentos não lhe pertencem mais. Você se torna um escravo do seu coração, e você nem pediu por isso! Mas ok, você se encontram, talvez o contemplado lhe dirija um sorriso e por ventura um beijo. Vocês se apaixonam e ficam juntos... Por um tempo.  E algum dia uma das partes comete um erro, ambas talvez. E tudo acabou a magia, o desejo, tudo. Você até pensa que odeia a pessoa, mas não.
  Você deseja aquela pessoa de forma egoísta e isso te consome pouco a pouco, você se perde em pensamentos mesquinhos e obsessivos. Ai percebe que você apenas deveria deixar ir, amar a pessoa não vai te fazer tê-la, talvez ela nem sinta algo por você cara! Olhe pra pessoa e veja se ela está feliz, e fique feliz, não tente mais nada, exceto ficar bem. Você amou, e isso que importa. Foi verdadeiro e de todo o seu ser.
    Uma hora ou outra as palavras certas que deveriam ser ditas, serão cantadas.
Let it go.

A liberdade de dizer que 2+2 são 4


 Eu cometi a crimidéia. Primeiramente, eu devo admitir, eu cometi mais erros, e eles vão morrer comigo. Ao meu ver, eu odeio mais a mim do que a você. Eu nunca te odiei, nunca soube o que sentia nesses dias. Talvez no inicio fosse ódio, depois virou saudade, e agora uma certa falta, mas irei me ficar bem, tão bem quanto você.
   Eu queria gritar, mas eu não tenho boca. Eu queria  te olhar, mas não tenho olhos. Eu queria sentir, mas eu não tenho braços.
  Eu parei pra pensar  como seria se tudo tivesse acontecido daqui a 1, 5 ou 10 anos. Seria  diferente? Talvez. Nunca vamos descobrir.
   Em meio a tudo isso, temos um refluxo de ódio e palavras que não serão ditas. Palavras que vão se perder nas areias do tempo até não significar nada. Seremos um capitulo da historia que nunca foi terminado. E ficaremos assim.
  Eu cometi a crimidéia de pensar que eu poderia mudar, mas não. Eu não iria mudar, ninguém muda.  Eu cometi a crimidéia de criar um ideal em torno de você. E a ironia de tudo é pensar que você sempre me mostrou 4 dedos, e eu sempre ví 5.

domingo, 20 de novembro de 2011

Eu matei Sarah.

    Eu matei Sarah. Eu realmente nunca soube como começar um texto, na verdade, eu nunca fui muito chegado em escrever. Mas eu precisava dizer isso para alguém, eu preciso ser direto, pelo menos uma vez eu preciso ser direto. Mas eu listarei os motivos.
   Ultimamente estávamos brigando demais, por coisas fúteis ou por coisas sérias. Mas todo dia brigávamos. Eu tentei contornar a situação, mas com o tempo eu comecei a deixar de lado, ela não queria  ajudar. Ela era cabeça dura demais, e eu também.
    E como  se fosse um pensamento corriqueiro eu descobri o porque do erro. Éramos um erro, todos sabiam, menos eu. Eu a idealizava, como se fosse única, indispensável. Eu descobri que não. Era só mais uma que iria preencher minha cama em momentos de solidão. Comecei a odiá-la, ter nojo, raiva, enfim, sentimentos ruins sobre ela, mas continuávamos juntos.
   Deixamos de nos ver e isso começou a me matar, segundo a segundo eu morria e acreditei no fim pela primeira vez. Cometemos um erro e eu sai, encerrei aquilo sem pestanejar e sem remorso.  No inicio eu senti falta, queria voltar atrás ouvir a voz dela uma ultima vez. Mas fui forte, eu me blindei de um modo que os meus poucos amigos notaram. Ela tomou as minhas melhores intenções e destruiu. Eu renasci depois disso.
   Decidi que ela cometeu crimes demais, era ela ou eu.  E como um bom representante dos homens,  eu decidi que seria ela. Às 11:58 eu matei, não me importo com as consequências do meu ato.
 Eu matei uma ideia, eu matei Sarah.