domingo, 20 de novembro de 2011

Eu matei Sarah.

    Eu matei Sarah. Eu realmente nunca soube como começar um texto, na verdade, eu nunca fui muito chegado em escrever. Mas eu precisava dizer isso para alguém, eu preciso ser direto, pelo menos uma vez eu preciso ser direto. Mas eu listarei os motivos.
   Ultimamente estávamos brigando demais, por coisas fúteis ou por coisas sérias. Mas todo dia brigávamos. Eu tentei contornar a situação, mas com o tempo eu comecei a deixar de lado, ela não queria  ajudar. Ela era cabeça dura demais, e eu também.
    E como  se fosse um pensamento corriqueiro eu descobri o porque do erro. Éramos um erro, todos sabiam, menos eu. Eu a idealizava, como se fosse única, indispensável. Eu descobri que não. Era só mais uma que iria preencher minha cama em momentos de solidão. Comecei a odiá-la, ter nojo, raiva, enfim, sentimentos ruins sobre ela, mas continuávamos juntos.
   Deixamos de nos ver e isso começou a me matar, segundo a segundo eu morria e acreditei no fim pela primeira vez. Cometemos um erro e eu sai, encerrei aquilo sem pestanejar e sem remorso.  No inicio eu senti falta, queria voltar atrás ouvir a voz dela uma ultima vez. Mas fui forte, eu me blindei de um modo que os meus poucos amigos notaram. Ela tomou as minhas melhores intenções e destruiu. Eu renasci depois disso.
   Decidi que ela cometeu crimes demais, era ela ou eu.  E como um bom representante dos homens,  eu decidi que seria ela. Às 11:58 eu matei, não me importo com as consequências do meu ato.
 Eu matei uma ideia, eu matei Sarah.

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