Ele se perdeu entre copos e cinzas de cigarros, começou a viver entre o era uma vez e o nunca mais, perdido entre espaços de sobriedade e lucidez. Ele sentia que teve seu orgulho ferido, ele precisava de achar uma forma de preencher aquele eterno vazio que agora fazia parte do seu cotidiano, começou a caminhar por ruelas estranhas, silenciosas e imorais, ele procurou de todas as formas outras formas de prazer.
Ele pegou seu orgulho, engoliu e se rebaixou, se tornou o fim dos tempos, o quebra mundos e possivelmente perdeu a humanidade que ainda lhe restava, naquele momento já não existiam rosas pra ele, na verdade não existia coisa alguma pra ele. É engraçado como em uma singela fração de segundos tudo que ele sentia desapareceu, perdeu o sentido ou ele simplesmente ignorou. Suas crenças e valores não mais existiam, ele morreu no sábado pra poder renascer no domingo. Seus amigos notaram algo diferente no seu olhar, talvez rancor, talvez desespero ou quem sabe até a mais doce forma de ódio que um ser humano poderia sentir.
Todos acharam que ele iria explodir, mas se manteve calmo. Nem uma lagrima sequer foi derramada, pra ele o passado estava morto e ele agora se sentia vivo. Saiu por ai pra enfrentar a tempestade, saiu pra por as ideias no lugar, saiu pra poder encontrar algo que lhe preenchesse. Nada. Ou talvez encontrou, a única coisa que iria ajudar a ignorar aquela dor sentimental, a dor física. E em pouco tempo a Mona lisa caiu, era justo que um homem quebrado espiritualmente também estivesse quebrado fisicamente. Sentia cada gota de sangue e suor se tornar quente, amigável. Ele passou a viver de forma louca, destrutiva. Ele se sentia bem, e por alguns segundos ele esquecia ela.
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